MPPB instaura investigação após morte de jovem no recinto da leoa no Parque Arruda Câmara em João Pessoa

Promotoria vai acompanhar medidas dos órgãos competentes; caso envolve segurança do zoológico e políticas de saúde mental

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu um procedimento para acompanhar as ações dos órgãos responsáveis após a morte de Gerson de Melo Machado, um jovem com transtorno mental, no Parque Arruda Câmara (Bica). Ele morreu ao entrar no recinto de uma leoa no último domingo (30/11).

A investigação vai apurar tanto as falhas de segurança do zoológico quanto as políticas públicas de saúde mental.

Quais são os dois focos da investigação do MP?

A atuação do promotor Edmilson Campos tem dois objetivos distintos, mas relacionados:

1. Segurança no Zoológico: Apurar se as normas de proteção para animais e visitantes no Parque Arruda Câmara foram adequadas e cumpridas. O MP deve zelar pelo bem-estar da fauna e pela efetividade das políticas ambientais.

2. Saúde Mental: Cobrar do poder público a estruturação da Rede de Atenção Psicossocial na Paraíba. O foco é a implementação de serviços como as Residências Terapêuticas, que acolhem pessoas com transtornos graves sem suporte familiar.

Um caso com duas dimensões públicas: A tragédia expõe falhas possíveis tanto na segurança de equipamentos públicos quanto no sistema de cuidado em saúde mental.

O que o MPPB quer alcançar com essa ação?

O objetivo final é duplo:

• Prevenir novos acidentes em zoológicos e parques, garantindo que as normas de segurança sejam revisadas e aplicadas.

• Garantir o direito à saúde para pessoas com transtornos mentais, assegurando atendimento qualificado, humanizado e contínuo no SUS, preservando sua dignidade.ssegurando atendimento qualificado, humanizado e contínuo no SUS, preservando sua dignidade.