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Topa Conhecer? Araruna - Capital paraibana do ecoturismo e turismo de aventura

  • Foto do escritor: JP Agenda
    JP Agenda
  • 19 de mai.
  • 9 min de leitura

Atualizado: 21 de mai.

Distante 165 quilômetros de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, 110 km de Campina Grande e a 120 km de Natal, capital do Rio Grande do Norte, a cidade de Araruna tem se consolidado como a Capital Paraibana do ecoturismo e turismo de aventura. Com um clima ameno e cercada por formações rochosas e serras, o local é perfeito para entrar em contato com a natureza. E tem atividades para os mais variados tipos de pessoas, não precisa ser expert para aproveitar, basta ter vontade. E aí, topa conhecer?


A convite da PBTur, passei, juntamente com um grupo de jornalistas e influencers, um fim de semana imersa em diversas atividades em Araruna. E ainda tem muito mais o que fazer, já estou me preparando para mais uma visita em breve.


Hospedagem


Nega Joana



A hospedagem foi na pousada Nega Joana. A acomodação oferece quartos para casais e famílias e são bem aconchegantes, com banheiro largo, água quente, wi-fi e ainda podemos ficar na grande varanda, aproveitando a paisagem. Fomos recebidos pela proprietária Tereza, que faz verdadeiras delícias gastronômicas. O chá da tarde estava um espetáculo, com muita variedade, e o exclusivo pudim de milho. Estava chuvoso e já escuro quando chegamos, então deu para ver pouco da área externa.


No segundo dia, a chuva deu uma trégua e finalmente pudemos contemplar a beleza da vista do Nega Joana e também conhecer os animais. É possível, inclusive, fazer passeio à cavalo, porém este ficou para uma próxima visita. A pousada tem pomar, horta e uma criação de gado, pato, peru, ganso. Tomamos um café da manhã com opções em estilo buffet e continental, com uma variedade ainda maior que o chá da tarde. Tereza nos contou a história do nome do restaurante, a anfitriã é muito simpática e disponível e estava sempre disposta a dar mais informações.


No terceiro e último dia, voltei à infância e fui tirar goiaba no pé, nisso fui intimidada pelos perus, tentei negociar jogando uma goiaba para eles, mas só consegui perder minha fruta.


Hotel Alto da Serra


Uma parede de mais de 100 anos, original, logo na entrada e o mirante que você desce para ver o entardecer, são atrativos do Hotel Alto da Serra, que fica localizado no Centro da cidade. Próximo ao point gastronômico e onde acontecem as apresentações culturais da cidade, o local tem quartos amplos e confortáveis para casais ou famílias. Odon Macedo, proprietário do local, contou que existemm diversas fotografias de Araruna, tanto nas áreas comuns, quanto nos quartos e nos mostrou uma parede de troncos de madeira com o final em taipa, para remeter ainda mais às suas raízes.


É impossível não se encantar com a vista, chegamos no pico do meio dia e estava lindo, imagine no entardecer com o sol lançando seus últimos raios alaranjados. Enquanto estávamos lá recebemos a visita de saguis, que também vieram nos saudar. Essa, com certeza, será uma vista que teremos na próxima viagem!


Ah, além disso, ainda tem uma cachacinha de alambique gratuita que deu aquela aquecida e abriu o apetite.


Oka Chalé


Por conta de uma dor no joelho, não conheci o Oka Chalé, mas essa COM CERTEZA será uma parada na próxima viagem! porque o local é simplesmente um loft com vista panorâmica da Pedra da Boca. No banheiro, com paredes de vidro, você toma banho admirando o vale do Calabouço. O local fica no alto de uma serra, com área muito ventilada.


Aventura


Araruna não é a capital paraibana do ecoturismo e turismo de aventura à toa! Em dois dias fizemos diversos passeios e não conseguimos dar conta de tudo. Faltou coisa nesse roteiro, viu? Por isso é preciso voltar mais vezes.


No sábado fizemos um pequeno trecho da trilha das Ararunas, simplesmente a primeira trilha de longa distância do nordeste. Fizemos um trecho pequeno e pudemos sentir só o gostinho, mas que valeu muito a pena sendo agraciados com uma pequena queda d'água no circuito. Ah, também ganhei o passaporte, que é um documento oficial que permite o trilheiro ir coletando selos até completar os 110km da rota que corta quatro cidades! E esse é também um passeio que pretendo fazer, mas mais pra frente, quando o joelho estiver 100%.


Subimos até o Cânion de Serra Verde, um local de paz e tranquilidade, para aproveitar o silêncio da cidade e ouvir só a natureza. (Vamos fazer um post especial só sobre essa trilha. Fica ligado!)


Depois do almoço fomos conhecer a Pedra da Macambira, o local é uma vista deslumbrante que nem cabe na foto. Me senti abraçado por aquela montanha, assim que desci do carro. A trilha para subir leva 1h30 e muitas pessoas acampam lá no alto, já para fazer rapel a descida é 120m. Não subimos a Pedra da Macambira, então com toda certeza esse vai ser um passeio para uma próxima viagem, com direito a acampar, hein? me cobrem!



Fomos em uma subida menor, mas com a vista igualmente explêndida, o Lajedo do Vento! Fomos recepcionados por um piquenique promovido pela Adega Bistrô Café na Serra, ao entardecer, e aproveitamos com música e a apresentação de clarinetista tocando ao vivo. Enquanto isso, uma aranha caranguejeira apareceu! Foi a primeira vez que vi esse animal ao vivo e fiquei encantada. A caranguejeira é venenosa, mas seu veneno não é tóxico para humanos, e os acidentes com ela geralmente não são graves. Ela usa o veneno para capturar presas, como insetos, e não para atacar humanos. Geralmente elas não são agressivas, e essa não foi diferente, seguiu seu caminho apesar da gente e não mexeu com ninguém.


Pedra da Caveira e Pedra do Forno


No terceiro dia, após um passeio no centro histórico (confira abaixo) partimos para a região da Pedra da Boca. Por conta do horário, não conseguimos subir na pedra da Boca propriamente,mas com um guia, fizemos uma pequena trilha passando pela pedra da Caveira e finalizando na pedra do Forno, onde encontramos pinturas rupestres. 



O local se chama assim porque os povos originários daquele local utilizavam a formação rochosa para defumar a comida. A vista é de tirar o fôlego. Da pedra do Forno dá para ouvir os cânticos e louvores dos católicos que frequentam o santuário de Nossa Senhora de Fátima. Também fomos lá! (veja abaixo).


Na volta encontramos uma iguana gigante, bem calminha no galho. Ela ficou lá posando para nossas fotos sem se incomodar.


Por trás da Santa há pinturas rupestres também. Ao todo são 16 sítios arqueológicos em Araruna, sendo este o maior painel registrado até o momento. Historiadores acreditam que a civilização esteve aí entre 10 e 12 mil anos atrás. Já a imagem de Nossa Senhora Aparecida chegou depois, ela ficava localizada na casa de fazenda, mas como as missas passaram a não comportar mais a quantidade de pessoas, transferiram para a parte da rocha que tem a proteção do sol e da chuva.


Para realizar os passeios é recomendado buscar um guia credenciado, já para o Caminho das Ararunas as informações estão no site da prefeitura: https://www.araruna.pb.gov.br/


Gastronomia


Adega Bistrô Café na Serra

O jantar no primeiro dia foi num local cheio de história pra contar. Em cada cantinho um objeto que fala muito, fotos antigas nas paredes, aquela cristaleira que vovó tinha, uma balança antiga, relógio... O local, apesar de espaçoso, traz um clima intimistas contrastando os objetos históricos com muito verde natural. De entradinhas tivemos bruschetas e no prato principal comi arroz branco com filé ao molho madeira e fettuccine com um molho de gorgonzola. Simplesmente divino! O local também apresenta uma carta de vinhos e pizza feita na hora.


A adega também nos serviu o pique nique no alto da montanha ao por-do-sol. Olha só esse capricho!


Luar do Sertão


Na Vila gastronômica no centro da cidade, numa ruazinha charmosa apenas para pedestres e com mesinhas e cadeiras em frente ao estabelecimentos, comemos um verdadeiro almoço nordestino. O almoço do segundo dia teve feijão preto, farofa, bode, galinha, arroz na gracha... A dona Jussara, proprietária do local, fez seu nome! Que delícia! E de sobremesa ainda teve um brownie com calda de maracujá e chocolate, que eu tomaria um litro dessa calda pura, sem mentira!


Empório Prime




Na noite de sábado, jantamos no Empório Prime, que também fica na vila gastronômica no centro da cidade. No local os pratos principais têm os nomes das pedras e pontos turísticos de Araruna. Estava bem frio, foi a noite mais fria desse passeio, e tomei uma cachacinha para esquentar. De sobremesa, um waffer com sorvete de chocolate e ainda ganhamos um brownie da Delícias da Vovó Cissa.


Nega Joana

Além de hospedagem, a pousada também funciona como restaurante aos finais de semana. Na área interna do restaurante é sempre São João, Tereza contou que a inauguração aconteceu às vésperas da comemoração ao santo e a decoração segue esse estilo com bandeirinhas e muitos objetos que remetem à cultura nordestina. Lá também tem apresentações de grupos locais aos finais de semana de junho.


Almoçamos no Nega Joana no último dia e tinha bode na cachaça, que Tereza já havia prometido desde o primeiro dia e eu estava ansiosa para experimentar. Também tinha rabada, a primeira vez na vida que comi, e uma galinha deliciosa, além de carne de sol desfiada, farofa d'água e fava. Vai ser três dias sem comer para perder esse bucho, mas valeu a pena demais! Não só faria tudo de novo, como farei, em uma próxima!


História e Religiosidade

Na primeira noite conhecemos o mercado cultural e museu histórico de Araruna. Como havia chovido, algumas barraquinhas de artesanato foram montadas na parte de dentro. Houve uma apresentação de quadrilha e visitamos o Centro de Cultura Pereira da Silva. No último dia fizemos um passeio mais completo pela parte histórica e religiosa da cidade.


Paróquia de Nossa Senhora da Conceição

Conhecemos a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, a segunda maior da Paraíba, perdendo apenas para a de João Pessoa. Ficamos pouco porque já ia ser realizada a missa do domingo, e a igreja estava lotada. Mas ainda assim deu para entender um pouco da história.



Mercado público e museu


Em seguida passamos para o mercado para apreciar com mais calma e em uma visita guiada por Wellington Rafael, que é uma verdadeira enciclopedia ambulante. Ele nos falou da construção do mercado, da importância dele para o desenvolvimento da cidade e de Pereira da Silva: o primeiro paraibano a integrar a Academia Brasileira de Letras. Mas além de poeta, Pereira da Silva também foi um personagem ilustre da história da Paraíba, porém, mesmo nos meios mais intelectualizados, poucos lembram do poeta simbolista ararunense.

Também conhecemos o museu, que fica dentro do mercado, cheio de lembranças físicas de pessoas ilustres e desconhecidas da cidade.


Centro de Cultura


Este 'apagamento' do poeta paraibano está em mudança na cidade, com diversas homenagens, como o nome do museu e do Centro de Cultura que atualmente abriga a exposição "Caminho das Ararunas". Lá estão as fotografias vencedoras do 1º Concurso Fotográfico do Caminho das Ararunas, realizado pela Prefeitura Municipal de Araruna em parceria com o Fórum de Turismo Sustentável do Curimataú.


Capela de Santo Antônio



Partindo do Mercado a pé, pudemos observar diversas marcas históricas nas fachadas das casas, que foram reformadas para abrigar a vila gastronômica. Também passamos pelo prédio que abriga a atual secretaria de Educação e finalizamos o passeio na capela de Santo Antônio. Originalmente Capela de Nossa Senhora da Conceição, o local é um importante marco histórico e religioso na cidade. Foi construída entre 1830 e 1845 e serviu como ponto de partida para o desenvolvimento do povoado.


Santuário de Nossa Senhora de Fátima


O santuário de Nossa Senhora de Fátima foi construído em 2010. Ele tem formato de nave e todo mês acontecem missões religiosas no local, em especial no dia 13 de maio, dia da padroeira de Araruna. A romaria anual reúne cerca de 10 mil fiéis, a construção dispõe além de um grande espaço aberto com arquibancadas, instalações de lojas de artesanato e de artigos religiosos.



Fomos presenteados também com um kit contendo as delícias e representando as belezas de Araruna. A cocada artesanal e mel de abelha da Dolce Cacau confeitaria; um licor de maracujá do Luar do Sertão Café Bistrô (bom igual a calda de maracujá do mesmo lugar). Para a aventura, ganhamos o passaporte "Caminho das Ararunas" que é o primeiro passo para completar essa que é a primeira trilha de longo curso do Nordeste cadastrada na Rede Brasileira de Trilhas.


Extras

A cidade também realiza diversos eventos ao longo do ano, como o Araruna Moto Fest, que conta com atrações musicais, a Festa da Padroeira, o São João Tradicional e o Festival de Inverno.


Ararune-se:


Hospedagem:

Nega Joana:

Sítio Santa Joana, Lagoa dos Homens, Araruna


Hotel Alto da Serra:

R. Padre Targino Sobrinho, 141 - Centro, Araruna


Oká Chalé

Sitio Água Fria, s/n, Araruna


Gastronomia

Nega Joana:

Sítio Santa Joana, Lagoa dos Homens, Araruna


Adega Bistrô Café na Serra

Rua antônio carneiro 246, Araruna,


Luar do Sertão

Praça Rio Branco, Araruna


Empório Prime

Praça Rio Branco, Araruna


Aventura

Caminho das Ararunas


Roteiro histórico/cultural


Mais informações


Agradecimentos à PBTur, secretaria de Turismo do Estado da Paraíba, Prefeitura de Araruna, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo de Araruna e o secretário Ricardo Câmara.



Mais

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